Nessa revisão sistemática os autores tiveram como objetivo avaliar estudos que descreveram a experiência na descontinuidade da 'precaução de contato' [PC] em instituições de saúde, num cenário de situação endêmica, ou seja, 'não surto', de cuidados agudos, ou seja, 'não intensivos'; e para quatro microrganismos multirresistentes [MDR] e/ou epidemiologicamente relevantes: Staphylococcus aureus meticilina resistente [MRSA], Enterococcus spp vancomicina resistente [VRE], Clostridium difficile e Escherichia coli produtora de beta lactamase de espectro extendido [E coli ESBL+].
Após consultarem as principais bases de dados científicas para capturar os estudos e de aplicarem os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, os autores ficaram com 14 estudos para análise, sendo: 10 dos EUA, 2 da Suíça, 1 do Canadá e 1 da França. Os artigos variaram entre os anos de 1996 a 2017.
Os resultados encontrados pelos autores apontaram que não há evidências de que a descontinuidade da PC para pacientes com MRSA e VRE tenha sido associada ao aumento nas taxas de infecções por esses patógenos, em cenário de cuidados agudos. Esses estudos incluídos na revisão sistemática também não foram suficientes para avaliar o impacto da descontinuidade da PC para patógenos gram negativos MDR ou C. difficile.
Os autores avaliam que a descontinuidade da PC pode ser seguramente aplicada para pacientes com MRSA e VRE, em setores de cuidados agudos e em situação de 'não surto', principalmente em hospitais com fortes estratégias de prevenção de infecção horizontal, incluindo altos níveis de adequação de higiene das mãos.
Am J Inf Control. Mar/2018; 46(3): 333-40.
Vale a pena conferir!
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